Hoje (7), Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, uma triste realidade é constatada: a violência escolar tem aumentado nos últimos dez anos no Brasil, graças à escassez de políticas voltadas para a melhoria da convivência dentro desses espaços e à precarização da estrutura de unidades de ensino.
O bullying, também conhecido por intimidação sistemática, é um problema social que reflete comportamentos e valores enraizados na sociedade. O ato é composto por violência física ou psicológica, intencional ou repetitiva, com objetivo de intimidar ou agredir alguém.
A psicóloga Luisa Holanda, que tem graduação e mestrado pela UFC em psicologia com foco em educação socioambiental, entende que, para combater o bullying e a violência na escola, é preciso considerar os atores dentro da situação em que ocorre o procedimento e entender quem está envolvido.
As causas do bullying podem estar ligadas ao ambiente familiar, à cultura da escola e até à influência das mídias. Para a psicóloga Luisa Holanda, é preciso incentivar formas de comunicação não violenta dentro dos estabelecimentos de ensino, sempre tendo como princípio a conscientização.
De acordo com as pesquisas, a desvalorização da atividade docente no imaginário coletivo, a relativização de discursos de ódio e o despreparo de secretarias de Educação para lidar com conflitos derivados de situações de racismo e misoginia são hipóteses que podem ajudar a explicar a prática do bullying.