Policiais civis estão nas ruas desde cedo em oito estados para cumprir mandados de prisão, internação provisória de adolescentes infratores e de busca e apreensão. A “Operação Adolescência Segura” tem o objetivo de desarticular uma das maiores quadrilhas do país, responsável por crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.
Até o momento, dois homens foram presos e seis adolescentes apreendidos.
De acordo com a polícia civil, as investigações, conduzidas pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, começaram em 18 de fevereiro, quando um morador em situação de rua foi atacado enquanto dormia e teve 70% do corpo queimado. Um adolescente atirou dois coquetéis molotov contra a vítima, durante a ação transmitida em tempo real na internet.
As investigações apontaram que não se tratava de um fato isolado. E mais: sinalizaram a atuação criminosa que se espalhava por diferentes plataformas digitais, utilizando mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar, cenário este de extremo risco à integridade física e mental desses menores.
Para a Polícia Civil, a atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios contribuindo com o trabalho dos policiais civis envolvidos no caso.
Entre os crimes apurados estão tentativa de homicídio, estímulo a suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais e apologia ao nazismo.
As diligências deste terça-feira (15/4) acontecem, além do Rio de Janeiro, em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, com apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança.