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Governo do Acre inicia consultas com povos indígenas e comunidades tradicionais para atualização do Programa ISA Carbono

O governo do Acre, por meio do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), das secretarias de Estado dos Povos Indígenas (Sepi); de Meio Ambiente (Sema); de Planejamento (Seplan); da Fazenda (Sefaz) e da Companhia de Desenvolvimento e Serviços Ambientais (CDSA), dá início nesta terça-feira, 15, em Brasileia, ao processo de consultas para atualização da repartição de benefícios do Programa de Incentivo a Serviços Ambientais – ISA Carbono, do Sistema de Incentivo a Serviços de Ambientais (Sisa), que será realizada nas cinco regionais do Acre.

A estratégia de repartição de benefícios, em vigor desde 2012, foi construída de forma participativa com a sociedade acreana, a partir de Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs), mas, com o passar dos anos, surgiram novos desafios, demandas das comunidades e também oportunidades de captação de recursos que tornam necessária sua revisão.

No Fórum do Sisa representantes e lideranças dos povos indígenas e comunidades tradicionais deliberaram, em dezembro do ano passado, pela realização das consultas nas cinco regionais do Acre. Foto: Pedro Henrique/Sepi

Foi no Fórum Participativo, realizado em dezembro do ano passado, que povos indígenas, extrativistas, ribeirinhos e agricultores familiares das cinco regionais do Acre dialogaram e definiram a metodologia para a realização das consultas públicas para atualização da repartição de benefícios do Programa Isa Carbono.

O governador Gladson Camelí destacou o compromisso do governo do Acre com a escuta participativa:

Gladson Camelí destaca importância do diálogo e protagonismo dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Foto: Diego Gurgel/Secom

“O processo das consultas é fundamental para que possamos aprimorar nossas políticas públicas com base na realidade de quem vive e protege a floresta. O Estado valoriza o diálogo e o protagonismo dos povos indígenas e comunidades tradicionais”.

A presidente do IMC, Jaksilande Araújo, enfatizou a importância das consultas como uma ferramenta de fortalecimento das políticas ambientais do Acre:

Presidente do IMC, Jaksilande Araújo, destaca importância das consultas para maior atenção às necessidades reais dos territórios e comunidades tradicionais. Foto: Diego Gurgel/Secom

“A partir das consultas com os povos indígenas, extrativistas, ribeirinhos e agricultores familiares, construiremos de forma conjunta – mais que a atualização da repartição de benefícios –  o aprimoramento e a continuidade das políticas socioambientais do Sisa conectadas às necessidades reais dos territórios e comunidades tradicionais para que os benefícios cheguem para quem conserva e usa de forma sustentável os recursos naturais”.

Diálogo participativo

Será nas consultas para atualização da repartição de benefícios que o governo irá reforçar o diálogo direto com os povos indígenas, extrativistas, ribeirinhos e agricultores familiares para garantir que suas contribuições sejam incorporadas à proposta de atualização da repartição de benefícios.

A atualização da estratégia é também uma forma de atender às recomendações feitas pelos membros da governança do Sisa na defesa dos interesses dos Povos Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares (PIPCTAFs).

Pré-consultas em terras indígenas

Jaksilande destaca ainda a ida das equipes técnicas com a secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara,  na realização de pré-consultas para apresentar, de forma acessível, os principais temas relacionados à atualização da estratégia de repartição de benefícios e outros temas pertinentes: salvaguardas socioambientais; mecanismo do REDD+ jurisdicional do Acre e a mobilização da comunidade para participação qualificada na consulta na Regional Juruá.

Povo Jaminawa, do Igarapé Preto, em Rodrigues Alves, foi o primeiro a receber a equipe técnica do IMC e da Sepi, para uma oficina preparatória para consulta no Juruá. Foto: cedida

A primeira delas foi realizada nos dias 2 a 4 de abril junto ao Povo Jaminawa, do Igarapé Preto, em Rodrigues Alves.  Dos dias 19 a 21 será nas terras indígenas do Povo Jaminawa Arara, do Rio Bagé e Apolina, Aldeia Novo Destino, em Marechal Thaumaturgo; Povo Nukini, na Aldeia República Nukini, em Mâncio Lima; e nos Ashaninkas, na Aldeia Nova Floresta do Rio Envira, em Feijó.

Calendário das consultas

A primeira consulta será realizada na Regional do Alto Acre, em Brasileia, nos dias 15 e 16 de abril, no Polo da Universidade Aberta de Brasília (UAB), situado na Avenida Prefeito Rolando Moreira, Centro.

Em seguida, será a vez da Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, nos dias 24 e 25. Em maio, serão duas consultas na Regional do Tarauacá/Envira: em Feijó, nos dias 8 e 9 de maio, e uma edição extra, em Jordão, nos dias 12 e 13.

Na Regional Purus, a consulta acontecerá em Sena Madureira, nos dias 15 e 16 de maio, e na Regional do Baixo Acre, em Rio Branco, nos dias 27 e 28 de maio.

Após as consultas, será realizado o Fórum Deliberativo, também na capital, nos dias 12 e 13 de junho, reunindo os delegados eleitos nas regionais para debater os resultados e deliberar coletivamente sobre as atualizações propostas.

Sobre o Sisa

O Sisa é uma das principais políticas públicas do Acre para a proteção e valorização do meio ambiente por meio de incentivos para conservação, recuperação e incremento dos serviços ambientais.

Foi por intermédio do ISA Carbono, do Sisa, que se deu a primeira transação financeira para implementação do Programa Global REDD Early Movers (REM, em português: REDD para pioneiros), financiado com recursos dos governos da Alemanha e do Reino Unido, em execução desde 2012, no Acre.

Sisa é uma das principais políticas públicas do Acre para a proteção e valorização da floresta em pé. Foto: Arquivo Secom

Por que é necessário atualizar a repartição de benefícios do Sisa?

Passados mais de 12 anos desde a pactuação da atual estratégia de repartição de benefícios do Programa ISA Carbono, surgiram novos desafios, demandas e oportunidades que tornam necessária sua revisão.

Os frequentes eventos climáticos: secas e cheias extremas; mudanças significativas nas formas de uso da terra, alterações nas dinâmicas do desmatamento e degradação florestal são exemplos práticos que tornam necessária a atualização dessa estratégia.

Povos indígenas, extrativistas, ribeirinhos e agricultores familiares são os públicos prioritários das consultas do Sisa. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Ao final, se pretende construir, de forma participativa, uma proposta para atualização da repartição de benefícios do ISA Carbono, a partir da captação de novos recursos provenientes de resultados de Redução do Desmatamento de Degradação Florestal – REDD+ Jurisdicional, o que amplia a importância de revisar os critérios e mecanismos de repartição dos benefícios.

O processo de consulta e a atualização da estratégia de repartição de benefícios é mais uma das etapas no processo de elegibilidade ao padrão de excelência ambiental, ART Trees. O objetivo do Estado do Acre é garantir a geração de créditos de carbono de alta integridade aptos à negociação, já em 2025, na COP 30, em Belém do Pará.

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